Energia Solar será a segunda maior fonte energética do Brasil Energia Solar será a segunda maior fonte energética do Brasil
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A matriz elétrica brasileira é 200 gigawatts (GW) de capacidade instalada. As hidrelétricas são responsáveis pela maior parte dessa produção, e somam um volume em torno de 110 GW. Na sequência, a fonte eólica está em segundo lugar como fonte energética, totalizando 22,3 GW. Enquanto a energia solar fotovoltaica, a terceira colocada, conta com mais de 20,2 GW de capacidade instalada. Até o final do ano, há uma grande possibilidade de que a matriz solar fotovoltaica ultrapasse a fonte eólica, segundo especialistas da associação.

De acordo com boletim do Ministério de Minas e Energia (MME), as fontes renováveis deverão aumentar sua participação na matriz, e a capacidade instalada de geração distribuída solar cresceu e continua em destaque, com tendência de aumento de mais de 80% em 2022, em relação a 2021. A participação da fonte solar fotovoltaica na oferta interna de energia elétrica do Brasil deve aumentar de 2,5% para 4,1% em 2022, indica o boletim de energia, publicado em 10 de outubro.

O Brasil se beneficia desse processo de transição energética por ser um país com uma grande quantidade de radiação solar, o que facilita o uso da matriz solar. Dentre os motivos que justificam o crescimento da fonte, estão: a melhoria tecnológica, a evolução do mercado energético no Brasil e a competitividade da matriz solar. Além disso, cada vez mais, os países buscam fontes renováveis para utilização energética, e a fonte solar se mostra como uma alternativa, pois não emite carbono (CO2) e tem baixos impactos ambientais.

Conta de luz e a “inflação energética”

Algumas das matrizes energéticas encaram uma crise, que pode ser conhecida como inflação energética. Entre os fatores que evidenciam essa crise está o aumento constante nas faturas de energia elétrica e a crise hídrica vivida pela diminuição da quantidade de chuvas. Um documento produzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta que a previsão de aumento nas tarifas na energia elétrica é de 21,04% para 2023. Todos esses fatores impulsionam a energia solar fotovoltaica como uma fonte energética atrativa.

De acordo com uma pesquisa recém-divulgada pela ABRACE (Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia), a conta de luz está pesando mais no bolso de 90% brasileiros do que há cinco anos.

Segundo a ABRACE, o Brasil apresenta hoje a segunda conta de luz mais cara do mundo e com uma alta registrada de 47% desde 2017. Ao todo, os gastos com energia elétrica comprometem, em média, 25% do orçamento das famílias brasileiras.

Atualmente, o Brasil tem mais de 1,3 milhão de sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e sustentabilidade ambiental para mais de 1,7 milhão de unidades consumidoras. Desde 2012, foram mais de R$ 76,7 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 420 mil empregos acumulados no período.